sexta-feira, 24 de abril de 2009

 

O camaleão Da esperança

Na minha mente ele mente sem saber por quê. Morte a todos os leprosos saudáveis. São sortudos e pequenos por natureza. Na clandestinidade obscura, obtusa e obliqua sentiu o fragor do rútilo sangue que lhe jorrava do embrião morto que lhe escorria das entranhas. Um feto! Mas tão decadente.

Seria saboroso? Nunca viu nem’huma gôndola marcadoril um frasco de conserva de feto. Estava claro que se tratava de uma iguaria. Logo estaria isenta de todo o algoz social e trans-saxonico, o divã de chateau –durvaliér .

É destruindo o nosso universo e pegando batatas que conseguiremos construir um passado melhor, com vinhos, mulheres e vestidos de avelãs. Depois de todo desfrute, tomou um iogurte. Arrotou na cara da vovó, que lhe reprimiu uma palmadinha marota. Vovozinha era muié quenga, porém pegou lepra e tinha pequeninos dedinhos. Conquanto que a palmadinha era suave como uma bolacha de mortadela.

- Vovó, aceita?

- Só uma mãozinha, minha querida!

Todos comeram e beberam o néctar. Onde jazia Nicolau Antunes, fizeram um banquete de ossos ao som de uma antiga canção de Frank Zappa. Nossa esperança era, na verdade, um colapso epiléptico simultâneo, o que logo veio a ocorrer. Eis que surge, na calada da noite, um gênio do copo de requeijão. Ele questiona com a sensualidade típica de elfos metrossexuais:

- Qual é o teu desejo, jovem ancião?

- Que tal um copo de requeijão?

- Mas, acabara de comer um. Pede outra coisa.

- Então... Uma tigela de requeijão!

- AH. Seu maldito. A partir de agora, nunca mais chegará jornal na tua casa e nem tomarás mais sorvete de rocambole de almeirão!

Partiu sem delongas, deixando seu anfitrião deprimido. Logo percebemos que tudo era uma grande ilusão. A menina se admirava com o tamanho da cobra e sua desenvoltura.

- Mamãe, Mamãe, eu posso ter uma?

- Logo terás quantas quiseres, filha.

Dois ou três camelos garroteiros pediram requeijão, meus ouvidos tremeram de dor, era praga do gênio.

- CAMALEÃO! CAMALEÃO! CAMALEÃO! Gritei

E um arco-iris e um tornado de esperança e destruição surgiram na tela de um pintor. Tudo não passara de um lindo sonho de uma manhã de inverno. Os cobradores bateram em sua porta. Pulou, xingou, tentou se excitar. Suicídio era seu lugar, oh Yes!

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