sexta-feira, 24 de abril de 2009

 

O dedão sem unha

Viu o amiguinho saltitante e alegre; carregava a carteira na sala e: Sentou uma outra carteira certeira no dedo com a unha encravada e pestilenta do coleguinha.

-                Puta que pariu Lorival! Macacos me mordam!

Logo foi advertido pela precavida foice educacional, castrando-o de seus ininterruptos trejeitos materialistas.

-                Desculpem-me amiguinhos, disse afinal.

Ele sabia que o mundo era redondo como uma girafa, mas não era rei dos pedreiros.

O dedinho começara a doer muito. Uma enfermeira estava a caminho. Antes, no entanto, ela parou para entrevistar um sarraceno xiita e imundo que lhe dizia absurdos da destruição do mundo.

-                Fétido! É isso que você é!

E foi embora então visitar o tal enfermo. Lá, ele com o dedo já lilás viscoso e remelento, ao ver aquela beldade, suspirou, colocou o dedinho na boca e fez carinha de safadão.

-                Aê gostosa, venha ver o meu dedão sem unha.(Já havia realmente caído)

Logo uma escopeta encostava em seu coquinho. Ele não sabia que a universidade comungava de tal sistema de defesa.

-                Repete e morre! Disse o Prof. De Técnicas Sexuais.

-                Repito com deleite. Não tenho medo de você mestre de bolores. Chamarei meu amigo Doctor Einstein e seu robô Daileon. Cheire meu cocô.

O gatilho da escopeta fez zunir um tiro surdo. Madalena, sua namoradinha de sala, urrou empertigada e suína.

Não tinha acontecido nada. A bala era de hortelã, o que deu um refresco imediato para o seu sorriso. Até o seu dedinho passou de lilás carbono para alaranjado amarelo fosco. Madalena deu-lhe um beijo com gosto de pasta de paçoca de berinjela. Ele recriminou-a, pois era alérgico e sifilítico.

-                Meu Deus, e agora? Liguem para o hospital, interveio o próprio dono da instituição que veio ver o que acontecia. Trazia consigo um tapete vermelho, um gim, um dois, e trinta e três guardas desarmados e desalmados que lutavam karatê. Logo gritariam; Aduguem!

Levou um susto, podia acertar alguém, então tomou a devida providencia.

-                Galeraaa....eu tava brincando.... o meu dedo nem doeu...(minha mentira era aparente).

O dedo do menino estava prestes a cair. O choro e o desespero não mais tocava os corações dos deuses famintos por churrasco......Corra dedinho, salve-se!!!

O dedinho sapeca que só, ao ouvir isso, preferiu não ser ninguém e nunca ter existido. O pulo naquele abismo irresistível. De pára-quedas lembrou que não estava, o que fez esburrachar por completo no chão. Era o fim de uma vida de glória.

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